Na Idade Média prevaleciam as relações de vassalagem e suserania. O vassalo recebia do suserano um lote de terra e em troca devia ao senhor fidelidade e trabalho. Estas redes de vassalagem se estendia a todos e chegava ao rei – que era tido como um vassalo de Deus.
A sociedade era estática e hierarquizada tendo em seu topo o clero (membros da Igreja católica) e a Nobreza (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques e viscondes). A nobreza era detentora das terras e arrecadava impostos dos camponeses.
Nesta época o cavaleiro é o detentor dos instrumentos necessários para vencer o combate, graças à superioridade do cavalo, da armadura e das armas. Ele chega esta condição através de um rito, a sagração momento no qual após ter atingido sua educação militar e através de uma cerimônia, ascendia a posição de defensor da paz. Na França este grupo rapidamente se tornou hereditário ao receber feudos em troca dos serviços prestados, ocorrendo ali uma fusão entre cavalaria e nobreza
Uma parte dos nobres, principalmente os não-primogênitos tornam-se cavaleiros sem fortuna girando ao redor de um grande senhor e prontos para aventurarem-se em guerras privadas, daí os estímulos externos das Cruzadas para controlá-los. Como não havia terras para todos, uma parte da nobreza passou a voltar-se para saques e guerras privadas.
Tentando solucionar este problema, a Igreja buscou estipular normas a serem adotadas pelos cavaleiros. Pela Paz de Deus (fins do século X), eles deveriam respeitar os camponeses, os clérigos, mercadores e os seus bens e pela Trégua de Deus (século XI) se absteriam de lutar entre a quinta à tarde e a segunda-feira pela manhã. A Igreja tentou também transformar o cavaleiro num miliciano de Deus, um defensor dos pobres, viúvas e do clero
O cavaleiro que fosse para a Cruzada recebia da Igreja o perdão por seus pecados. Para São Bernardo, o modelo de perfeição era o monge-cavaleiro e por isto ele deu grande apoio ao surgimento das Ordens Militares, como a dos Templários.
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